Perdoar é brincadeira, o difícil é inventar o amor. Sim, perdoar é fácil quando comparado à criação do amor que une um homem a uma mulher. No entanto, nenhum ser humano – mesmo o mais santo, e que ame até aos seus inimigos, conforme Jesus mandou – consegue “produzir” amor relacional-conjugal apenas porque reconhece que a outra pessoa é boa.
E você sabe que nenhum curso de casais e nenhum homem tem esse poder ‘de criar amor que é verdadeiro para com uma mulher’, e vice-versa. Se um dia tal amor existiu entre eles, então, ainda existe como semente nos corações no qual murchou. Mas se nunca houve, quem terá o poder de fazê-lo nascer?
Esse amor não pode ser inventado, ele tem apenas que ser admitido!
Quanto à Cruz ser a “outra saída” para a separação entre um homem e uma mulher, eu creio completamente. Na Cruz a gente vê o que é perdão. E casais que se separam por falta de perdão estão precisando da salvação como perdão. A Cruz é a saída para os que se amarguraram.
No cotidiano o que mais existe são ajuda pra casais a não se separarem, quando elas se amam, aliás, é um desperdício!
Não vejo como fazer um casal ficar junto se não se amam como homem e mulher mesmo. “Dois não andam juntos se não houver acordo entre eles”, diz Oséias. E mais: o adultério não é o pior problema a ser superado num casamento. O pior problema é a inexistência de amor.
A Cruz não é APENAS a saída, é a Porta de entrada. E é porta aberta. Nele a gente entra e sai e acha pastagem.
Mas também a Cruz não é a solução para o casamento sem amor. A Cruz é a solução porque ela é a vizibilização do perdão.
O Divórcio não é o ideal de Deus para ninguém, e tudo o que se puder fazer para ajudar as pessoas a conviverem em paz deve ser feito.
Mas não julgue que a Cruz vai fazer um homem passar a desejar uma mulher, e nem fazer com que uma mulher passe a amar o marido!
A Cruz nos leva para a Graça que liberta. E a Graça não é o ópio do povo, é o Olho da Verdade!
A Cruz não é a "outra saída", ela é a Única, isto é, quando se há amor!
"Sem amor, nada se aproveitará...", diz Paulo, inclusive o casamento.
FONTE: algumas partes do texto adaptado do site do Caio Fábio
