Raramente vemos pessoas sendo conduzidas a um
estado de lucidez devido uma vida abastada, na bonança. O livre de Eclesiastes
é claro ao afirmar que “a sabedoria
habita na casa do luto e, não nas festividades que tendem a tornar as pessoas
num estado fantasioso e dormente, como se esse estado de euforia fosse o estado
natural do existir.” E nesse vislumbre, o indivíduo embarcado nessa se
fragiliza pro encontro real com a vida, com as topadas, intempéries, ventos,
tribulações das mais diferenciadas, doenças, desencontros, mortes...
Alguns vivem num estado de vida tão
anestesiados por alegrias na vida, que, apenas uma perda séria que gere - a abrangência
de problemas são grandes - um estado depressivo nele, aí ele passa a acordar
que finalmente a vida não é apenas um mascar chiclete. De fato, sem que essa problemática
acometa a vida de muitos, estes mesmo na maioria das vezes não cai em si, até
que o mundo e o telhado desabe sobre a cabeça (vida) dele. Se a grana do “filho
pródigo” (Lc 15) não tivessem terminado, provavelmente ele não teria retornado
à casa do Pai, quem sabe apenas pelas dificuldades e achaques de sua futura velhice
o reaproximasse novamente.
De fato, num mundo de Gênesis, de espinhos e
abrolhos, de luta pra se conquistar as coisas, viver achando que a problemática
da vida não nos alcança, é rasgar a fala de Jesus: “No mundo teríeis aflições...”.
Percebeu a maioria das salvações expressas no bíblia? Na sua maioria foram
salvações em meio a dor. Dificilmente o homem é salvo sem dor depois do pecado.
Rubens Júnior