quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mulher CASADA tem 5 mil amigos no Facebook e não conhece nem a metade - Traço narcisista e de dupla personalidade

Encontrei pessoas que jamais iria conhecer no dia a dia”. É o que diz Eliane Favaretto, 30 anos, que mora em Cuiabá e possui 5 mil pessoas adicionadas em sua página do Facebook. Ela afirma que nunca teve problemas com a quantidade de amigos virtuais e que sempre foi respeitada pela maioria deles.

"Estou fazendo muitas amizades pelo Facebook. Destas 5 mil pessoas, excluí apenas umas três porque percebi que postavam até coisas pornográficas", diz. "A ferramenta é muito legal e a maioria dos meus amigos me respeita bastante. Até quando fazem elogios em fotos é com respeito, porque todos sabem que eu sou uma pessoa casada."

Eliane confirma que não conhece pessoalmente nem a metade dos amigos adicionados e conta qual critério usa para selecionar e adicionar pessoas: “Eu aceito as pessoas que me adicionam conforme vejo se elas possuem fotos na página. Quando tem várias fotos, que demonstra que não é um perfil falso, aí eu aceito. Até porque fica muito difícil começar uma amizade virtual desta forma”.

Ter muitos usuários no Facebook pode ser sinônimo de popularidade e, para o professor de redes sociais no curso de marketing digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Alexandre Marquesi, "não é demérito nenhum".


Traço narcisista

Uma pesquisa divulgada em março passado pela universidade de Western Illinois, nos Estados Unidos, concluiu que pessoas que adicionam muitos amigos no Facebook têm traços narcisistas. O estudo, publicado no jornal científico “Personality and Individual Differences”, foi com 294 estudantes do ensino médio e mostrou que aqueles que tinham mais amigos no Facebook marcaram mais pontos no questionário “Inventário de Personalidade Narcisista”. Eles trocavam mais a foto do perfil e publicam mais posts do que os outros.

Christopher Carpenter, criador da pesquisa, disse que "há pessoas que buscam o Facebook para reparar um ego danificado e que, em alguns casos, podem tirá-lo da realidade". Para a psicóloga Miriam Barros, especialista em terapia familiar, o Facebook é uma vitrine onde as pessoas, além de se comunicarem, se mostram e se propagandeiam. "Colocam só o que é lindo e o que é positivo [no Facebook] e isso não é muito real".

Dupla personalidade

Miriam diz que, em casos extremos, as pessoas têm uma espécie de vida duplasão tímidas na "vida real" e populares na "vida virtual". "Elas não têm contato com as pessoas, acabam tendo muitos amigos, mas não conseguem se relacionar com todos eles da melhor maneira. Ter contatos sociais 'reais' é muito importante".


G1