quinta-feira, 30 de maio de 2013

Zygmunt Bauman sobre o Facebook

O pensamento de um dos mais importantes pensadores do século 20 está em Zygmunt Bauman: Estratégias para a Vida, no programa Café Filosófico CPFL Especial, que será apresentado pela TV Cultura no próximo domingo (3), às 22h. O programa traz trechos da série “O Diagnóstico de Zygmunt Bauman para a pós-modernidade” com Luiz Felipe Pondé, Franklin Leopoldo e Silva, Frank Usarski e Caterina Kolta, e da entrevista exclusiva concedida por Bauman à equipe da CPFL Cultura e do Fronteiras do Pensamento, em julho do ano passado, em sua casa, na cidade de Leeds, Inglaterra.

Aos 86 anos e esbanjando lucidez, Bauman, atualmente chefe do Departamento de Sociologia da Universidade de Leeds, aponta (e reflete), na entrevista, as expectativas para século XXI, a necessidade de construção de políticas globais e a construção de uma nova definição de democracia.

Sobre as redes sociais, provoca: “Um viciado em Facebook gabou-se para mim de que havia feito 500 amigos num único dia. Respondi que tenho 86 anos, mas não consegui fazer 500 amigos. Então, provavelmente, quando ele e eu dizemos ‘amigo’, não queremos dizer a mesma coisa. A rede, diferentemente, é feita e mantida viva por duas atividades diferentes. Uma é conectar e a outra, desconectar. E eu acho que a atração exercida pelo novo tipo de amizade, a amizade do Facebook, está exatamente aí. É fácil alguém se conectar, fazer amigos. Mas o grande atrativo é a facilidade de se desconectar”.Romper amizades na vida real é doloroso, difícil; mas se desconectar de um amigo no Facebook é fácil, é só deletar, excluir e pronto! 

O vídeo com a entrevista antecedeu a palestra do antropólogo, filósofo e sociólogo francês Edgar Morin, no Fronteiras do Pensamento, em São Paulo, em agosto de 2011: