Hoje eu prefiro ler a biografia do Mahatma Gandhi ( que
significa “A Grande Alma”), do que ler a biografia ou até mesmo alguns artigos
de pastores que andam por ai com a bíblia, “pregando” em todo lugar, mas que
nada sabem sobre o que é ser uma pessoa digna do evangelho de Cristo. Paulo já
nos dizia em Filipenses 1.27: “Não importa o que aconteça, exerçam a sua
cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e
os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo
que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé
evangélica, sem de forma alguma deixar-se intimidar por aqueles que se opõem a
vocês. Para eles isso é sinal de destruição, mas para vocês de salvação, e isso
da parte de Deus…”. Mahatma Gandhi não foi um “evangélico” como nós, mas leu o evangelho e o encarnou de uma forma tão fantástica, que ele sozinho moveu a segunda nação mais populosa do mundo a independência, sem dar um tiro ou sem ferir uma única pessoa se quer.
Você já se imaginou vivendo com o seguinte lema: “em meus passos, o que faria Jesus?", e se propusesse a tratar todas as pessoas da mesma forma? Desde o presidente ao mendigo, do rei ao desconhecido, enfim todos sendo tratados por você da mesma forma? Pois é, assim foi Mahatma Gandhi! Quem olhava para Gandhi, não lhe dava absolutamente nada. Ele tinha um metro e meio de altura, pesava 50 quilos, suas orelhas se projetavam para fora de sua cabeça raspada e seus óculos redondos viviam escorregando pelo seu nariz.
Definitivamente, Gandhi não era a pessoa mais bonita do mundo. Sua aparência não mudou o mundo, mas seus atos inspiraram grandes homens como Mandela e Martin Luther King Jr. a serem como ele. Ele usava as mesmas roupas todos os dias: uma espécie de tanga indiana e, às vezes, um xale de algodão, ambos feitos de material rústico tecido em sua própria roca. Os atos de Gandhi impressionavam o mundo. Uma vez, uma mulher foi até a casa de Gandhi, para lhe pedir que falasse com o seu filho que não parava de comer doces. Gandhi olhou para ela e disse: “Traga o garoto aqui na semana que vem, que eu falarei com ele”, a mulher voltou na semana seguinte, bateu na porta de Gandhi e lhe apresentou o garoto. Gandhi apenas olhou para ele e lhe disse: “Filho, para de comer doces”. A mulher estranhou e disse a Gandhi: “Se você só tinha isso para lhe dizer, porque tive que esperar uma semana, você poderia ter falado com ele na semana passada?” Gandhi respondeu a ela com toda calma do mundo: “Senhora, é que na semana passada eu ainda comia doce!” Gandhi era esse tipo de pessoa!
Gandhi foi um dos pioneiros a usar o método da não-violência. Que segundo ele próprio diz, foi tirada dos ensinamentos de Cristo. Como já lhes disse, Gandhi não era cristão. Mas seguiu de uma forma tão exemplar o que Cristo ensinou, que fico admirado com tudo aquilo que ele fez e falou. Uma vez o missionário cristão E. Stanley Jones, perguntou a Gandhi: “Gandhi, apesar do senhor sempre citar as palavras de Cristo, por que é tão inflexível e sempre rejeita tornar-se seu seguidor?” Gandhi lhe respondeu: “Ó! Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. Apenas creio que muitos de vocês cristãos são bem diferentes do vosso Cristo.” Em outras conversas sobre o porque de Gandhi seguir e ler sempre o evangelho, e ainda assim não ser um cristão, Gandhi disse: “Eu seria cristão, sem dúvida, se os cristãos o fossem vinte e quatro horas por dia.”
Vendo a vida de Gandhi, eu me pergunto: será eu faço da minha vida uma xerox do evangelho? Será que eu não lei a bíblia de mais e a pratico de menos? Será que as palavras de Cristo como “Amar o teu próximo como a ti mesmo”, entra em meu ouvido direito e sai pelo meu ouvido esquerdo, porque dentro de meu cérebro ela não encontrou uma gota de vontade de agir assim? Será que os outros, que não freqüentam a igreja, e que nós dizemos que eles vão para o inferno, agem mais segundo o evangelho do que eu? Será que dentro de mim existe mais de fariseu do que Cristo?
Leia a biografia de Gandhi, de Nelson Mandela, de Martin Luther King Jr., e de outras grandes pessoas, e se pergunte o porque estamos tão longes dos ideais de Cristo. Por que oramos e jejuamos e nunca conseguimos mudar a nossa nação pra melhor?
A vide desses grandes homens me mostraram que uma vida no evangelho, não significa menos sofrimento, muito pelo contrário, no mundo nós teremos aflições, mas Cristo venceu. Esses homens venceram. E eu tenho chances de vencer, se colocar dentro da minha cabeça, que o meu inimigo não é você, que meu inimigo não são as pessoas que fazem oposição a mim. Mas sim, que, o meu inimigo é o teu inimigo, e que o inimigo contra qual lutamos são forças espirituais do mal que se infiltram nas pessoas e as fazem agir contra a vontade do reino. Não temos que lutar contra as pessoas, mas sim contra o pecado que elas comentem, e esse é o espirito que devemos encarnar!
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