domingo, 19 de abril de 2015

A inversão de papéis nas relações


Quando empreendemos uma regressão aos fatos históricos, tenham sido estes registrados em escritos, gravações, fotografias, ou quaisquer outros recursos, marcos e evidências que pudessem ser recolhidos e datados de acordo com seus respectivos meios da época, nos deparamos com uma infinidade de evoluções pelas quais a civilização humana foi submetida. Ressaltando alguns comportamentos de ambos os gêneros em épocas passadas, e os comparando com comportamentos da nossa realidade atual, as constatações são, no mínimo, assustadoras. Houve uma grave inversão comportamental no geral, inversão esta que não é justificável apenas pelas mudanças sofridas com o passar dos anos como já é de se esperar do mundo em que vivemos.

Essa tal inversão não se limitou apenas às mudanças de postura, fala, expectativas, ambições, rentabilidade, e outros comportamentos. Houve também uma mudança de valores, tornando as atitudes que eram de se esperar por parte de um dos gêneros como sendo retrógradas, e consequentemente tornando também as atitudes esperadas por parte do outro gênero como mais atrativas, adequadas e convenientes do que as anteriores para o outro gênero, desarmonizando, antagonizando, e desorientando assim, os comportamentos influenciados por fatores genéticos, instintivos, culturais e hereditários.

Enfim, essa dita inversão nos faz questionar sobre o que realmente aconteceu, quais as consequências provenientes disso, e se, será que foi realmente melhor que tal acontecimento tenha sido infligido aos gêneros masculino e feminino?

Ainda que essa mudança tenha se espalhado e sido adotada por grande parte das culturas, ainda existe o conservadorismo daqueles que não adotam e não compactuam com o pensamento da maioria. Tal impasse, logicamente, gera certo conflito de identidades das quais sejam mais adequadas para se escolher aos respectivos sexos que ainda não adotaram uma identidade definitiva, por assim dizer. Daí, os homens deixam de agir de forma genuinamente e intuitivamente masculina, e passam a agir de forma mais aplicável e harmoniosa com o comportamento feminino, e vice-e-versa. Não estou me referindo ao percentual homoafetivo ou ao lesbianismo, embora estes estejam inclusos, como também sejam exceção, e tenham grande influência nas variações futuras neste quadro comparativo tracejado para a minha abordagem. Direciono a atenção especificamente aos héteros, e seus conflitos de aspectos comportamentais.

Atualmente, é possível notar-se, com um esforço mínimo até, em nosso cotidiano tudo aquilo que a inversão de papéis resultou, no geral: Os homens deixaram de transmitir e inspirar coragem, decisão, intrepidez, firmeza, pacificação, norteamento, impavidez, precaução, confiança, e outros atributos pacíficos, altruístas, resolutos, saudáveis, apaziguadores e almejáveis, para agir com sensibilidade emocional aguçada, instabilidade emocional excessiva, meiguice e pieguice, abdicação do orgulho benigno e orientador, sentimentalismo exacerbado, forçoso e enjoativo, que se frequente, torna-se incômodo até mesmo quando adotado pelas próprias mulheres. Em contrapartida, as mulheres, por possuírem genuinamente características comportamentais mais emotivas, instáveis e compassivas, quando optam por adotar características tipicamente masculinas, acabam por resultar em um grande desastre, desgastante, enfadonho, desarmonioso, depreciativo, e pouco funcional.

Obviamente, existem características louváveis e perfeitamente possíveis de serem adotadas por ambos os sexos, benéficas para toda a humanidade. O empenho, a garra, a perseverança, a humildade, a caridade, a ambição saudável e a busca por melhores condições de vida, o desejo por tornar-se uma pessoa melhor a cada dia, dentre outras perspectivas que influenciam na construção de um mundo melhor para a nossa civilização, e para as gerações futuras.

Não foi à toa que a expressão “Hombridade” tivesse recebido como significado exatamente o ato de ser varonil, honesto, honrado, sincero e fiel.

Explorando novamente a questão relacionada aos períodos da história, a relação entre os gêneros já sofreu inúmeras e intensas mudanças, marcadas pela literatura, conhecimento empírico, dogmas religiosos, contos populares, simpatias, superstições, e tudo aquilo que compõe o caráter cultural das regiões dentre as eras. Houveram mudanças que foram mais marcantes do que outras, e a maioria, se não todas, giraram em torno de filosofias intituladas machistas ou feministas. Embora ambos os gêneros ainda façam alegações de que foram e/ou são mais ou menos favorecidos que os outros, para um expectador imparcial é fácil notar que ambos foram favorecidos e desfavorecidos com as mudanças. Isto é, ambos foram afetados, e o meio em comum ficou desequilibrado.

Quando a ambição pelo poder ultrapassa a autonomia, direito e liberdade de todo cidadão sem que isto afete negativamente o outro, o caos se instaura, as vezes até de forma sutil. O que é conveniente, benéfico e restringe-se egoisticamente a apenas um dos gêneros ou classe social, automaticamente entra em contradição com os Direitos Humanos, invalidando a seriedade com a qual esses interesses lidam dos seus assuntos e tornam questionáveis os parâmetros de como querem assim ser vistos. Analisando por essa perspectiva, nem toda opressão é, definitivamente, uma opressão. Assim como nem todo direito de liberdade é levado à risca e sem abusos por conta da libertinagem dos mesmos grupos, etnias ou gêneros que agem dessa forma. É óbvio que isto é, no mínimo, uma tremenda hipocrisia. Cultuar valores e alçar bandeiras apregoando a liberdade e o direito de ir e vir, munindo-se de recursos que ofendem aos demais cidadãos, e a família, que é a base constitucional e modeladora dos futuros cidadãos.

O mundo precisa de homens que sejam homens e de mulheres que sejam mulheres. O mundo precisa de meninos que se tornem homens, e de meninas que se tornem mulheres. Quaisquer alegações que deem a entender que isto não é necessário, são automaticamente desacreditadas por séculos de avanços das civilizações que obtiveram o seu progresso dos detentores dessas características. O que podemos ter como verdade absoluta, é o fato de que os opostos se atraem. Quando o homem não age como mulher, e a mulher não age como homem, os dois se atraem sim, perfeitamente.


Autor Desconhecido