Segundo a psicóloga
Luciana Ruffo, nenhum vício em tecnologia é puro, "ele costuma ser
derivado de alguma coisa na vida da pessoa que não está bem"
No dia a dia corrido, tecnológico e muitas
vezes resumido em telas, é cada vez mais comum querermos ficar a todo tempo
conectados com a internet através de smartphones. O problema disso é quando a
necessidade e o uso comum perdem lugar para o uso exagerado, levando à
dependência e ao vício.
O remédio para combater esse mal é se livrar
do gadget de uma vez só, mas sabemos que isso não é uma missão tão simples
assim. A dica então é combatê-lo aos poucos, com determinação, vontade e
substituindo seu uso por outras atividades.
1) Ficar irritado se o aparelho perde o sinal
É comum ficar irritado ao perceber que o
celular não está com sinal. Isso se for por medidas de segurança ou por
necessidade urgente e verdadeira. Mas se a preocupação for causada por aquela
foto que não será postada na rede social, é preciso reavaliar o uso do
aparelho.
2) Evita lugares sem conexão
Fugir de ambientes que não possuam conexão
com a internet não é uma atitude saudável, causa dependência e até problemas de
socialização.
3) Não passar nenhum tempo longe do
smartphone
Existem atividades do dia a dia que não
necessitam do uso do aparelho. Em certos casos o uso só piora a atividade,
causando desconforto e problemas. Se você não consegue realizar atividades
comuns longe do seu aparelho, saiba que isso é mais um sinal de dependência.
4) Quando sai, precisa levar o carregador
É fato que os celulares de hoje descarregam
com mais velocidade que os de antigamente. Mas andar acompanhado do carregador
(ainda mais em curtas saídas) com medo de ficar sem carga é um sinal claro de
necessidade de uso direto, constante e exagerado, caracterizando assim a
dependência.
5) Dificuldade de ficar longe do aparelho
Se ao ficar longe do aparelho celular você
sentir ansiedade, tristeza e solidão, fique atento! É recomendável buscar a
ajuda de um profissional médico o quanto antes, para assim relizar o devido
tratamento necessário.
6) Dificuldade de completar suas tarefas
diárias
Procrastinar usando o celular quando se tem
algo mais importante para fazer pode até ser uma atitude comum, mas não é nada
saudável. Primeiro as obrigações, depois o lazer.
7) Evitar sair de casa
Uma das atividades mais comuns nos
smartphones é o uso de redes sociais. Estas que muitas vezes fazem o papel de
meios de interação social do usuário, mas quando mal dosadas, passa a fazer
exatamente o serviço contrário, o isolamento.
A CURA
O remédio ideal
contra o vício em smartphone é se livrar dele de uma vez, mas a psicóloga
ressalta que é muito difícil fazer isso. A dica então é combatê-lo aos poucos
com determinação. Para começar, não procrastine dizendo que vai dar uma olhada
de cinco minutos nas redes e depois partir para as obrigações: faça tudo o que
tiver de fazer e só então, quando estiver livre, pegue o aparelho.
Caso não consiga
fazer isso sozinho – porque a tarefa é realmente complicada – o viciado pode
procurar ajuda profissional. A própria PUC trabalha com isso, basta acessar o site do NPPI ou enviar um e-mail para
nppi@pucsp.br.
Luciana explicou que nenhum vício em
tecnologia é puro, "ele costuma ser derivado de alguma coisa na vida da
pessoa que não está bem". Problemas com trabalho, vida amorosa ou social
podem levar a pessoa aos excessos com smartphone, internet etc. Portanto,
resolvendo essas questões, o vício tecnológico passa.
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