quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A INVEJA e o não conhecimento de si mesmo



Hoje, soliloquiamente me veio a memória um fato que ocorre a todo tempo, em todo mundo, em todas as culturas; que é o problema da INVEJA.

A INVEJA é um dos maiores males existenciais, é uma das maiores provas da mesquinharia humana e da falta de um espírito de autocontentamento. O invejoso persegue o invejado sem que o mesmo saiba. Este, sem saber, sofre desse mal sem ter qualquer culpa por ter sido invejado.

De fato, a INVEJA é uma doença do caráter, apodrece a alma, dissolve o ser, cauteriza a mente...

Nesse ‘status quo’ onde a inversão de valores anda a todo vapor, anda exacerbada nesse mundo onde ‘É quem se tem’, na medida em que coisas ou qualquer outra natureza são adquiridas, cresce a INVEJA que parte daquele que não tem princípio básico de vida. Por isso que ela – a INVEJA –, além de ser (1)um perverso sentimento em relação ao outro, é também (2)um não-conhecimento de si próprio.

Por isso não é raro, mas frequente, que todas as vezes que você olhar para uma pessoa com preconceito, raiva, ira, ironia e etc., todos esses defeitos têm a ver apenas com você. Sim, com você! Talvez a projeção, sucesso e o progresso que almejava obter, percebida e encarnada no outro, que gera em você esse desconforto todo, porque, é justamente a parte que você mais queria ter e não teve, que o outro mais escracha. E de fato, você não gosta ‘não é do seu outro (o invejado)’, você não gosta é de você, visto escrachadamente no outro.

Por isso que eu disse que a INVEJA é um problema de “um não-conhecimento de si”. Quem sabe ‘quem se é’, sabe que não se deve desgostar de si mesmo, fazendo mal a si mesmo. Por isso que Provérbios diz que “a INVEJA apodrece os ossos”, ela faz mal, ela nos aniquila, ela perverte o ser.

Rubens Júnior