domingo, 8 de novembro de 2015

Quando quase tudo em nossa vida é uma interrogação (?)


Quando quase tudo em nossa vida é uma interrogação, nosso ser se infesta de desânimo e por um simples motivo: é melhor a certeza da derrota do que a incerteza de uma vitória. Naturalmente clamamos por sucesso, vitórias e boas coisas em nossas vidas, ao mesmo tempo temos de ter a ciência de que nem sempre é assim... Mas a angústia de uma espera mata, vai matando o nosso ser aos poucos.

Você já se imaginou assim? Quem sabe você esteja vivendo assim, lendo esse simples e pequeno texto já bateu certa sintonia. Pra cada área em sua vida existe uma interrogação(?), existe algo que impede o catapultar do teu Ser. Talvez você já se encontre tatuado(a) de interrogações, eu imagino e sei perfeitamente como dói a sua alma, o quão mergulhada num abismo de incertezas ela está.

Viver na INDEFINIÇÃO, INCERTEZA, INÉRCIA E EM CIMA DO MURO, titubeando entre uma decisão ou outra, aniquila a todos envolvidos, seja ao que precisa se decidir quanto ao que espera pela decisão. 

Uma alma nesse estado faz perguntas pra tudo e pra todos, principalmente pra Deus, embora culpa-lo não passa de uma ignorância bíblica com perguntas do tipo “porque Deus, comigo?”, mas tenho a certeza que o “até quando, Senhor?” não sai de sua cabeça! Das duas uma, (1) Ou você tem culpado Deus pela permissão – “porque Deus, comigo?” – (2) ou tem aceitado as interrogações de sua vida – “até quando, Senhor?” – mas com desejo enorme de que elas sejam cessadas o mais breve possível.

Pra todas as interrogações em nossas vidas, existem algumas respostas de Deus: 

(1) Deus sabe de todas elas. Jesus disse que “tudo que pedimos ao Pai, Ele o sabe antes mesmo de termos feito o pedido”. Isso já nos é significante, não é? De uma coisa temos certeza: Deus conhece nossas interrogações! 

(2) Ele julga retamente. Se diz que Deus que é “balança justa”. 

Um ponto negativo talvez: Quem sabe nossas interrogações não são irresoluções onde, ao invés de decidirmos, preferimos envolver uma série de fatores e nos auto-vitimizarmos, criando pra nós e pra cabeça de todos um monstro maioral. 

(3) Pra todas as interrogações existem sempre uma solução. Quando digo isso, me refiro a decisão em decidirmos solucionar um problema que é nosso e só se solucionará com uma ação nossa ou, então, por alguma ação divina milagrosa intervindo o processo. Mas saibamos de uma coisa: o que nos cabe fazer, Deus não faz e o que só Deus faz, não conseguimos mover uma palha

(4) Se as interrogações permanecerem até a morte (o que as vezes ocorre mas, dificilmente), só nos resta crer que na vida vindoura teremos todos os problemas solucionados pelo “enxugar das nossas lágrimas por Deus.”

Quando fazemos perguntas do tipo até quando, Senhor?”, ela revela e representa o grito angustiado de nossa alma perturbada, carente e com falta de fé. Certa vez Davi, ameaçado por seus inimigos, sentiu-se abandonado e esquecido por Deus. “Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?” (Sl 13:1,2). Mas terminou com estas palavras de fé: “No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação. Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem” (13:5-6). Os Salmos são hinos e clamores de súplicas a Deus, similarmente a Davi, disse Asafe: “Até quando, ó Deus, o adversário nos afrontará? Acaso, blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?” (Sl 74:10). Sem deixar de esquecermos do profeta Habacuque (Hc 1:1 a 4) e Isaías (Is 6:11) que clamaram: “Até quando, Senhor?”.

Vejamos que houveram profetas que sentiram a mesma coisa que você está sentindo hoje, você não está só, existem esses exemplos de fé que Paulo diz que “para o nosso exemplo aconteceram e seus acontecimentos foram escritos” (Rm 15:4, I Co 10:6,11).

Tenhamos a Fé de um deles, como exemplo, a de Habacuque que, enjoado de perguntas “até quando Senhor?”, viu o agir de Deus e disse no final e com toda fé que “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” (Hc 3:17,18).

Rubens Júnior 
Campos/RJ
08/11/15

2 comentários:

  1. Eu estou vivendo assim e creio na vitória.

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  2. Creia mesmo, Deus é sempre fiel. Aguardemos com paciência pelo Senhor, irmão (a).

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