quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Vocês e essas histórias de dedicar prêmios e "dias disso e daquilo" - acabam praticando injustiça


Antes de surgir esse assunto do famigerado prêmio da mulher do ano dedicado a Anitta, nos últimos dias – inclusive hoje mesmo – já havia me manifestado contra a tudo quanto é evento de dedicar dia específico. Inclusive um amigo me marcou - link aqui - na postagem de sua amiga, desejoso que eu desse minha opinião, mas não deu pela política de privacidade do facebook, mas exponho o que creio aqui. 

Clicou e leu a opinião da moça? Não? Está bem, preguiçoso(a)vou colocar aqui:
Tô pensando aqui, Facebook, que tem gente reclamando que Anitta recebeu prêmio de mulher do ano. E mais: comparam a cantora com a professora que morreu queimada salvando seus alunos de um incêndio. Migas, me acompanhem: então a professora precisa morrer queimada (por ter que trabalhar sob condições precárias) para receber prêmio de mulher do ano? Quais as chances dela ganhar este prêmio antes da tragédia? Já perceberam o nível das nossas crueldade e hipocrisia? Cultuamos a tragédia e aplaudimos a invisibilidade das pessoas comuns desse país. Deixa a Anitta levar o prêmio. Cês nem sabem se a professora gostava do show das poderosas ou não. Menos. Apenas.

↑ Está aqui nesse link

Escrevi a esse mesmo amigo sobre o dia da Consciência Negra por esses dias com essas palavras:

“Por fim, você se considera negro, aliás todos temos sangue negro, e negros foram escravizados e escravizaram também. Até agora em 2017 no dia da consciência negra – acho que não tinha de ter dia de nada, POIS TODO DIA É DIA DE TUDO, dia disso e daquilo nunca conscientizou o mundo em nada –, colocaram como patrono o Zumbi dos Palmares, HOMEM QUE MESMO SENDO NEGRO ESCRAVIZOU NEGROS, HISTORICAMENTE VENDEU ESCRAVOS PARA OS PORTUGUESES REVENDEREM NO BRASIL... Ou seja: branco escravizou negros, negros a negros, negros à brancos, e assim seguiu o baile dos loucos e insanos humanos desta terra. Chata, neh!?”

↑ Link aqui

Hoje mesmo no facebook falei – embora seja atraído pelo evangelho –, me declarando contra "o dia do evangélico como feriado em Mato Grosso", pois, assim como “malhei” o dia da Consciência Negra, também não concordo com, mesmo sendo simpatizante da fé evangélica. 


Não creio que se deve ter dia de nada pois "todo dia é dia de tudo." Quando você cria um dia para um evento, você fomenta guerras, disputas, cria barreiras, intrigas; você cria no subconsciente do celebrante o desejo de sair às ruas e ‘brigar’ pela sua causa, pelo seu dia, pela ideologia do seu dia reconhecido, e com isso guetos são criados e brechas abertas entre nós, afinal de contas, deram a ele um cetro de tirania: "Pronto, esse é seu dia. Vai e lute, desfrute e espalhe!"

Seria bom avisar a sua amiga – porque o facebook dela está bloqueado à pessoas que não fazem parte do rol de amigos dela a liberdade de comentar –, que esse assunto de Anitta eu só dei uma pequena opinião, e foi quase que a mesma sua.  


Mas falarei mais um pouco. Vamos lá! Só um pouco!

Ela disse que “quais as chances que a professora humana e guerreira teria de ganhar o prêmio se por ventura não viesse a morrer”. Diz a ela que o nível de crueldade e hipocrisia mora exatamente aí, e não no contrário defendido por ela; mostra quão farisaica é nossa sociedade, dedicar a uma mulher conhecida pela “beleza da bunda e dos rebolados sensuais” – apenas isso, mais nada –, o prêmio de mulher do ano. Mas não posso me revoltar muito não, moramos no Brasil né, já deveríamos estar acostumados a futilidades, imbecilidades, pateticidades, incoerências e incongruências históricas e humanas. 


Eu de forma alguma cultuei a tragédia da citada professora 'por desejar presenteá-la como ganhadora' - que pra mim é inócuo -, mas como já inventaram esse prêmio, é patético entregá-lo a Anitta, achar que o bumbum e seu rebolado mereçam, em lugar – até mesmo dessa professora – ou então das nossas mães, das “donas Marias” espalhadas pelo Brasil à fora que ninguém conhece, ninguém sabe, ninguém se importa; que sofrem por aí e morrerão desconhecidas por gente que acha que tem “o poder” de dizer e decidir quem é e quem merece um "prêmio": “Essa é a mulher do ano, Anitta!”; quando na verdade, logo, logo estaremos diante da eternidade sendo recompensados – agora entrei numa vertente que gosto de militar –, onde veremos que os ilustres desconhecidos geralmente serão mais recompensados do que as conhecidas pela bunda, xereca (desculpe os santos e santas do pau oco) e rebolado. O prêmio futuro é incomensurável ao de Mulher do Ano.  

Deus é absurdo, não trabalha com marketing. Ele é contradição o tempo todo.

Se eu fosse mulher poderiam até pensar que fosse recalque de minha parte (risos), mas titio aqui é macho alpha. Alpha mesmo, e pai zeloso e amoro de duas bênçãos. 


Te amo Valentina e Enrico! 

Quem gostou da ideia de Anitta ter ganhar esse prêmio – que nada vale – serve para quê, afinal? Massagear o ego? Ah tá! Que representação tem Anitta para ganhar esse prêmio? O que fez Anitta a merecer? Qual critério usado para ser ganhadora do prêmio? Essa pergunta gostaria de saber. Influência midiática?

Então, quem gostou da escolha está mais jungida a necessidade narcisista de autoafirmação, doida para aparecer e de, quem sabe, ser uma futura Anitta, do que pensar. Sim, pensar como gente, gente inteligente. Nãooo, desculpe! Inteligência nem cabe muito aqui; tem de pensar com Sabedoria que excede a inteligência. O que tem de inteligente que não é sábio, e o que tem de sábio esbanjando inteligência...

Desculpe, a “bagunça da democracia é assim mesmo”, ela dá o direito de fazer um homem certa vez escolher largar sua mulher para “se casar” - pasmem - com um caranguejo – fato concreto, tá.

A culpa é de “vocês” (alguns) que elegem um dia para cada besteira, e acabam, sempre, caindo com a bunda em cima da estaca que ergueram, fazendo sempre juízo injusto, sempre injusto. Num mundo injusto acha que a justiça e coerência sempre imperariam?

Ou sua amiga é novinha ainda – fiz nem questão de abrir o perfil dela –, ou tendo uma idade já avançada, ao invés de alimentar-se de leite, precisa começar a comer uma papinha, uma comidinha sólida, porque eu vou te dizer...

Olha, Jesus usava muito o sarcasmo, zueiras e etc., então, digo eu, e não Jesus: “Anitta são meu ovos!” - pelo erro na escrita e pelo que escrevi escandalizei agora, né. Pior é ter chamado Herodes de Raposa, como fez Jesus.

Falei; igualmente ao axioma de Lutero: “A paz se preciso for, mas a verdade a qualquer preço!”


P.S.: (1)escrevi rápido e nem corrigi, se houver algum erro na escrita me avise que acerto, e (2)se sua amiga gostar de ler - acho que não -, mostre a ela essa matéria. Sei que discordará, pois aprendi na época da faculdade que "para toda argumentação sempre existe uma contra-argumentação, ainda que burra e incoerente."


Rubens Júnior,
São Gonçalo.